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20/09/2015

Toque

Deixei a mão pousada no corrimão da escada...
Sentia o frio da pedra já bem gasta de tantas outras
gerações de mãos, 
que a utilizaram indiferentemente.
Parara-me o coração no peito...
Não era mais capaz de dizer uma única frase com sentido...
Parei no tempo e o tempo assustado,
parou comigo.

Tinha terminado o primeiro ato. 
No fim da noite que passou como minutos
no que foram horas, 
as nossas mãos tocaram-se.
Foi feita a primeira aproximação nervosa e necessária.
Os teus dedos, 
a tua pele com as veias enfunadas,
dignas...
Controlado despedi-me saindo mesmo sem sinal de uma urgência.
Único.