Tantos os telhados direitos,
magoados,
leves
e ousados...
São abrigos,
São abrigos,
casas com sabor a lar.
Serão moradas,
Serão moradas,
terão sido prisões,
são
pedaços de vidas em paredes caiadas
de brancura namoradacom o contorno sublinhado das gotas de chuva.
Tanta textura,
cicatrizes que são
pedestais,
janelas que são vigias.
Um Castelo que parece mais pequeno que uma Igreja empoleirada,
Um Castelo que parece mais pequeno que uma Igreja empoleirada,
que quer ser maior que um certo Castelo de pedra
acostumada.
Tanto para ver nas sedes de luz,
fome de
sombras e fastio de contrastes de matizes tão doces...
Tanto Céu que mora
nos telhados destas casas de Lisboa,
que as divide a meio com o Luar
recorrente...
Todo isto faz sentido,
assim partilhado
contigo.