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25/09/2015

Serenidade

Não trago em mim nenhum segredo.
Dei-os todos ao Mar que nunca me deixou de escutar.
Não guardo nem recebo, mais algum medo!
Não trago nenhuma recordação, 
nem de olhos cerrados, 
abertos ou abrasados.
Não trago nada comigo.
Não tenho terra nos dedos, 
nem voz no Céus...
Tenho apenas nos olhos a esperança que lhes dita o destino.
Sei o meio da estrada e a luz na fresta da portada!
Trago a fala sem discurso absurdo.
Sofro uma dor que até já nem mais dói.
Não trago em mais nada mais...
Nem um queixume soprado suavemente como uma deixa.
Ocupas todos os lugares, 
que de um vazio plantado,
já não transbordam mais.