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12/09/2015

Rêve

Desejo que o tempo pare no instante submisso do nosso encontro!
Que os Ventos se calem, 
que a areia não se molhe, 
nem o Mar tenho gosto salgado à flor da espuma!
Desejo que os Teus olhos não sejam capazes 
de ver mais nada que não desejes ver.
Que façam casa nos meus,
que as Tuas mãos saibam o destino das minhas, 
que o meu corpo faça lar 
no pulsar irregular e livre do Teu e Tu ninho em mim.

Desejo que o tempo pare no instante preciso e ao primeiro momento.
Sou a porta da Tua alma sem saber e conhecer que alma sou;
uma sombra fresca que Te cobre em conforto e respeito, 
sem ondas de cansaço.
Quero a Tua dor para que não a sintas e és Tu quem mata, 
numa chacina súbita e transparente como o vidro, 
todo o meu mal.

Mandaremos no tempo! 
Seremos dele Senhores!
Será nosso como nossos são numa ilusão, os dias e as horas medidas dele!
Comerei as palavras, 
as sedes trucidadas e famintas de beijos Teus com músicas de todas as cores
conhecidas ou desencontradas!
Não existirá mais tempo nenhum 
que o nosso presente...