Aquele que não assombra nem disfarça.
A mão de dedos reais,
com toques da terra,
ar, água e lume e das que matam a fome e o desejo.
As sombras que provam que existe o Sol,
o calor e a vontade suprema da brisa fresca e restabelecedora.
Um discurso enervado e não nervoso,
assumido e não exuberante, dizendo só o que é para ser dito.
Um perfume apropriado,
aquele que eu reconheço como o que é teu,
que eu misturo com o meu cheiro,
subtraio à memória dos dias e abraço nas histórias todas que vivi
ou sonhei viver.
Um perfume.
Só um cheiro de memória que com o tempo,
como o nevoeiro nas manhãs que quando é,
já o deixou de ser.