Só um Ele passava os dias no caminho.
Caminhava num hoje até ser noite.
Caminhara num ontem até ser noite.
Havia caminhado no dia de um antes até ser noite.
Não era o caminho ou o sacrifício que lhe importava.
Ele caminhava todos os dias, a todas as horas, até não ter os pés a sentir mais.
Caminhava permanentemente sempre.
Com um destino afixado nas brasas dos olhos e pregado no chão do peito.
Sem saber já a que sabe a água que o refresca e lhe mata aos poucos a sede...
Caminhava num ele.
Só então mesmo às portas de uma tal morte,
Só então mesmo às portas de uma tal morte,
mesmo no ultimo instante de pé;
outro Ele parará de caminhar.