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09/06/2017

Remorso

Não essa palavra...
Feita de migalhas de sangue.
Sofrida nas amarradas de uma espada que treme e verga.
Não sei do barro que me formou, 
da sede que castiga a minha voz, 
das nuvens que eram de terra e sem algodão, 
dos cabelos que eram como a mais doce, suave e amofinada prisão...
Sou o caminho.
Destino sem destino, 
pedaço sem começo nem razão...
Não essa palavra!
Feita de tudo o que é imperfeito.
Plena de uma vida que se vive numa suposta ilusão...
A memória de um dia a sorrir.
A fotografia que tanto me pesa na mão.
Não essa palavra...
"Saudade"...
Não!